CDRA: Classificação Digital para Reenquadramento de Aprendizagem
Categoria prêmio LED:
Âmbito de atuação:
Localidades:
Público do projeto:
Pessoas impactadas:
Resumo
Replicabilidade da experiência:


Objetivo
Formar professores para a prática da educação inclusiva e da flexibilização curricular, oferecendo recursos e instrumentos como suporte para as diferentes formas de aprendizado e níveis educacionais dos alunos.
Problemas enfrentados pelo projeto
Reduzir relações desiguais de poder e de falta de oportunidades nos contextos educativos; diminuir a incidência de problemas como agressões físicas, psicológicas e sociais, bullying, homofobia, racismo, capacitismo e intolerância religiosa em sala de aula; oferecer metodologia formativa em uma linguagem clara e de fácil acesso às escolas, educadores, gestores e familiares; equiparar oportunidades para todos os alunos; qualificar a forma como os professores ensinam, para que possam compreender como os alunos aprendem e como acontecem as interações entre eles.
Descrição da Atividade
A Metodologia CDRA, voltada para a adaptação e a inclusão educacional, é embasada em conceitos atuais da neurociência, com o intuito de permitir que cada aluno tenha sua singularidade de aprendizagem respeitada,
potencializando o seu aprendizado e desenvolvimento.
A diversidade é o ponto de partida para a proposição de práticas inclusivas em sala de aula. Para tal, o projeto atua na desconstrução da lógica hegemônica que encara todos os indivíduos como uma massa homogênea no processo de ensino e que, por conta disso, perpetua injustiças e exclui
os diferentes. Parte do princípio de que todos os alunos são especiais e únicos, com diferentes ritmos e formas de aprender, fazendo-se necessária uma abordagem adequada às diferenças sociopsíquicas e intelectuais, propondo formas alternativas para a verificação da aprendizagem do
conteúdo escolar.
Cabe ao professor a condução da formação de competências e a colaboração no processo para que o estudante aprenda a aprender. Diante de interesses e necessidades, o educador passa a mediar processos e procura instigar o aprendiz à pesquisa e ao desenvolvimento de uma visão crítica, por meio da formulação de problemas e hipóteses, tornando o
estudante o protagonista de sua aprendizagem.
Para lidar com os desafios desta educação mais inclusiva, a Metodologia CDRA estabeleceu um fluxo de atuação estruturado em três pilares que possibilitam que os educadores sejam realmente responsáveis pelo
engajamento de seus alunos, desenhando experiências cognitivas, emocionais, sociais e culturais.
São eles:
– Pilar I, formação continuada dos professores — Realizada em plataforma de ensino a distância, oferece embasamento teórico e prático fundamental para que o professor perceba, compreenda e possa agir no contexto heterogêneo de sua sala de aula. A formação é composta por aulas teóricas – com ênfase particular no neurodesenvolvimento infantil –,
oferecendo vivências práticas e oficinas de adequação do currículo escolar às diferentes formas de ensinar e aprender. O curso foi pensado para praticar efetivamente a diversidade em sala de aula, objetivando a retomada da aprendizagem e o fortalecimento do vínculo professor/família/estudante.
– Pilar II, mapeamento das salas de aula – tem o objetivo de
instrumentalizar os professores para que possam identificar possíveis riscos ou déficits de aprendizagem em um grupo heterogêneo. Nesta etapa é aplicado um questionário junto aos responsáveis e professores, que permite reenquadrar os alunos em quatro diferentes formas de aprendizagem, com
características e demandas exclusivas, para então serem melhor trabalhadas pelo professor: Grupo I, Aprendizagem Regularizada; Grupo II, Tendência a Dificuldades Escolares; Grupo III, Tendência a Transtornos Funcionais; e Grupo IV, Tendência a Déficits Intelectuais. Estes diferentes grupos refletem a condição real do aluno diante da dificuldade e/ou déficit de aprendizagem (condição de saúde no ambiente educacional).
– Pilar III, intervenção – Etapa na qual são oferecidos instrumentos para que o professor possa agir tanto de maneira preventiva quanto remediativa no processo de ensino, em cada uma das formas de aprendizagem identificadas na etapa anterior, viabilizando ao professor a otimização do ensino e acompanhamento evolutivo do seu grupo heterogêneo em tempo real. Estes materiais didáticos, pautados pela BNCC, possuem formas diferentes de elaboração, porém com manutenção dos conteúdos
curriculares e respeito às diferentes formas de aprendizagem. São atividades e provas adaptadas para a modalidade on-line, disponibilizadas para download e impressão (em PDF), que auxiliam o professor na
otimização do ensino e acompanhamento evolutivo dos alunos em tempo real. Os conteúdos também ajudam na prevenção de defasagens pedagógicas e se propõem a alavancar o processo de ensino e aprendizagem. Ao longo do processo, a evolução dos alunos é medida com relatórios e gráficos para a mediação das intervenções necessárias,
auxiliando o professor no planejamento e acompanhando, em tempo real, da evolução pedagógica de seus alunos.
ODS atingidos


















Público direto
Atividades realizadas
Temas
Fotos










Materiais utilizados
Monitoramento e avaliação
Resultados
Mais de 250 professores formados em nossos cursos de
aprimoramento piloto (carga horária de 120 horas).
● Mais de 320 cursos de formação realizados, e mais de 5 mil estudantes atendidos.
● Implementação piloto realizada em 5 escolas estaduais de São Paulo, com 2.492 alunos, com significativo aumento de 1,8 a 2,5 pontos na média obtida pelas escolas no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp).
● Metodologia vencedora do Prêmio Mário Covas 2017, na categoria “Melhoria da Gestão Governamental”.
● Toda a metodologia (suas bases científicas, estratégias e técnicas) está documentada no livro “A Cada Um O Que É Seu: Metodologia CDRA — Referência em Defasagens Educacionais e Adaptações”, publicado em 2020.
● Em sua versão digital, a Metodologia CDRA permite que o método ganhe escala e possa ser replicado em todo o país.
● Projeto mantido em escolas do Estado de São Paulo pela Roche Farma e beneficiado pelas campanhas “Children’s Walk” nos anos de 2020 e 2021.
● Implementação da metodologia na Sala Hospitalar do Hospital Dia Infantojuvenil (HDI) do Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ-USP).
Rede articulada pela proposta
Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica (Cefac), Hospital Dia Infantojuvenil (HDI)/Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ-USP), Colégio Jardim São Paulo, Rede Salesiano, Roche Farma, Secretaria Municipal de Educação de Cerquilho (SP) e Secretaria Municipal de Educação de Sorriso (GO).