Resumo
O processo formativo do projeto é inovador, uma vez que a escola se configura como um espaço pedagógico que contempla a formação profissional e técnica alinhada aos anseios empreendedores dos adolescentes camponeses, oportunizando assim o desenvolvimento de habilidades educacionais, socioeducativas e socioprodutivas. Com métodos inovadores de Educação para o Desenvolvimento Sustentável, a proposta alia a teoria da sala de aula à prática do campo. Além disso, está pautada na inclusão social a partir da educação de qualidade, do incentivo à economia rural, e do apoio a processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização.
Buscando dar mais oportunidades para os jovens e suas famílias, a Formação de Jovens Empresários Rurais da Agricultura Familiar viabiliza possibilidades para que eles permaneçam no campo com qualidade de vida, perpassando por pontos fundamentais como educação para a vida, incremento de renda, empoderamento e visão de futuro.
Uma outra característica própria é que, embora esteja respaldada na Pedagogia da Alternância, a proposta distingue-se das demais experiências do tipo por estar alicerçada no tripé “jovem, família e escola”, harmonizando as relações dos educandos com os educadores, funcionários e a comunidade onde estão inseridos. Os saberes tradicionais, o ecossistema e os aspectos econômicos locais são muito respeitados e aproveitados em todo o processo de formação dos jovens, diferenciando a proposta da educação tradicional.
Diferenças são incentivadas e respeitadas, trabalha-se o ser humano visando à cidadania. Neste sentido, a proposta também possui ações afirmativas para inclusão e diversidade: espaços com acessibilidade para pessoas com deficiência, reserva mínima de vagas para meninas, prioridade para jovens de comunidades quilombolas, fomento à liderança de meninas durante as ações nas comunidades, inclusão de filhos de agricultores por meio da oferta de educação contextualizada à realidade do campo, prioridade para famílias de baixa renda, e equidade de gênero na equipe técnica do projeto.
Por estes motivos, a instituição tornou-se um centro de referência na formação educacional e na difusão de tecnologias sociais sustentáveis para a produção agropecuária, e recebe constantemente visitas de instituições e órgãos públicos com o intuito de conhecer as possíveis replicabilidade e aderência à dinâmica educacional, as atividades de incentivo à permanência no campo com qualidade de vida, o espaço físico, a rede de parceiros e as áreas produtivas.
Público do Projeto
Pessoas Impactadas
Objetivos
Oferecer, gratuitamente, curso técnico em agropecuária integrado ao ensino médio para jovens de comunidades rurais.
Problemas Enfrentados pelo Projeto
Melhorar o acesso a serviços e programas de proteção social nas regiões beneficiadas; ampliar o acesso a tecnologias; diversificar a atividade rural de subsistência; reduzir a degradação do meio ambiente; ampliar perspectivas profissionais, em especial, para os jovens rurais; enfrentar a exploração do trabalho infantil; diminuir o êxodo rural de jovens; proporcionar condições materiais adequadas para os pequenos agricultores familiares; ampliar a qualificação profissional de mulheres, quilombolas e pessoas com deficiência para trabalhar no campo; melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano de jovens matriculados no ensino médio e reduzir os altos índices de pobreza nas localidades.
Descrição da Atividade
A proposta é realizada por meio da Pedagogia da Alternância, em que os adolescentes alternam uma semana na escola, em regime integral, e duas semanas na propriedade da família, replicando os conhecimentos absorvidos. Dessa forma, o processo de aprendizagem se dá em espaços e tempos diferenciados, abrangendo os aspectos humanitário, social, ético e ambiental.
A formação dos jovens tem duração de três anos, com carga horária de 4960 horas/ano, subdivididas didaticamente em 45 Alternâncias Formativas. As atividades desenvolvidas durante a semana de alternância na escola são em tempo integral, contemplando as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular e da Base Técnica, para a formação de nível médio integrado à formação técnica em agropecuária.
A metodologia do projeto está estruturada em três dimensões - Educar, Produzir e Disseminar - e contempla aulas teóricas e práticas com conteúdos da Base Técnica e da BNCC. A finalidade é proporcionar educação de qualidade contextualizada ao campo, buscando a transformação social dos jovens, suas famílias e comunidades por meio de processos que visam fortalecer a produção sustentável e socioprodutiva para a geração de trabalho e renda.
A iniciativa também associa estratégias do protagonismo juvenil e do desenvolvimento econômico para oportunizar aos beneficiários a vivência da ação-reflexão-ação na educação pelo trabalho. Os alunos passam a trocar experiências dos saberes compartilhados com suas famílias e comunidades, sendo agentes do seu próprio destino. Neste sentido, o saber prático obtido junto à família na execução das tarefas é aliado à teoria obtida na escola durante a troca de experiências e apropriação dos conteúdos ensinados. Assim, podem auxiliar e aprofundar a compreensão do que ocorre no dia a dia, na família e na escola, e fazer emergir o conhecimento, que se amplia e se consolida, facilitando ao jovem valorizar aquilo que ele faz e sabe.
Essa metodologia proporciona uma formação fundamentada, mais especificamente, em “Aprender a Aprender”, como também predispõe à formação permanente. Oferece também a capacidade de engajamento, relacionamento, espírito de cooperação, trabalho em equipe e privilegia a transmissão de conhecimentos, a partir do interesse da pessoa e da sua realidade.
Durante a Formação Técnica em Agropecuária os jovens são instruídos com conhecimentos técnicos e específicos das diferentes culturas e criações e a respeito do associativismo/cooperativismo e administração rural. Como resultado, desenvolvem aptidões para elaborar e implantar projetos agropecuários em suas propriedades, garantindo assim, geração de renda para a unidade-família, consolidando o processo educativo associado à qualificação profissional para trabalho.
Com foco na formação contextualizada e tendo como princípio a educação pelo trabalho, a proposta apoia os jovens e suas famílias na concessão de insumos agrícolas para a implantação de Projetos Educativos Produtivos (PEPs). Na prática, as atividades realizadas nos PEPs – módulos de uma determinada cultura ou criação – estimulam o desenvolvimento de competências aplicadas à agropecuária.
Com auxílio direto da unidade-família, sobretudo no que diz respeito à mão de obra e ao acompanhamento técnico dos monitores e assistentes educadores para uma produção com qualidade, o jovem coloca em prática, nas áreas produtivas, os conhecimentos adquiridos na escola. Além disso, os PEPs também proporcionam ampliação de renda da unidade-família do jovem a partir da comercialização da produção. A iniciativa do PEP é mais uma forma de contribuir para o fortalecimento de uma nova geração de produtores rurais, orientados a partir das boas práticas de agropecuária.
O projeto também proporciona espaços de convivência, construção da cidadania, e fortalece as relações familiares e comunitárias, além de promover a integração e a troca de experiências entre os alunos, valorizando o sentido de vida coletiva, o respeito às diferenças, a defesa e a afirmação de direitos. Para tal, o processo formativo trata transversalmente de temas diversos ligados às juventudes, além de realizar oficinas socioeducativas específicas que visam a estimular a reflexão sobre o autoconhecimento, fortalecer as relações interpessoais e os valores humanos, fundamentais para o combate aos diferentes tipos de preconceitos. Com uma educação contextualizada à realidade do campo e promovendo formação para a vida e para os valores, a iniciativa forma jovens conscientes de seus direitos e deveres, que tornaram-se lideranças ativas em suas comunidades, capazes de articular e protagonizar a luta política para a inclusão das minorias, da afirmação dos Direitos Humanos, e em favor da justiça social.
Por fim, a formação em alternância se concretiza ao adotar os princípios e os instrumentos didático-pedagógicos específicos que a caracterizam e diferenciam da escola convencional. São eles:
Fotos






Materiais Utilizados
Monitoramento e Avaliação
Resultados
- 15 turmas formadas, mais de 180 comunidades beneficiadas, 11 municípios atendidos, mais de 450 jovens rurais formados.
- Iniciativa certificada como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil (FBB).
- Processo educativo inserido no Programa de Escolas Associadas da Unesco.
- Em 2018, a instituição passou a fazer parte do Programa Eco-Escolas, desenvolvido pela organização europeia Foundation for Environmental Education (FEE).
- Projeto vencedor da Premiação “Bandeira Verde”, em 2019, como reconhecimento de uma gestão ambiental e sustentável coerente e com qualidade.
- Proposta finalista na categoria Educação do Prêmio Juventude Rural Inovadora na América Latina e no Caribe do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) em 2021.
Projetos

Público do Projeto
Pessoas Impactadas
Objetivos
Oferecer, gratuitamente, curso técnico em agropecuária integrado ao ensino médio para jovens de comunidades rurais.
Problemas Enfrentados pelo Projeto
Melhorar o acesso a serviços e programas de proteção social nas regiões beneficiadas; ampliar o acesso a tecnologias; diversificar a atividade rural de subsistência; reduzir a degradação do meio ambiente; ampliar perspectivas profissionais, em especial, para os jovens rurais; enfrentar a exploração do trabalho infantil; diminuir o êxodo rural de jovens; proporcionar condições materiais adequadas para os pequenos agricultores familiares; ampliar a qualificação profissional de mulheres, quilombolas e pessoas com deficiência para trabalhar no campo; melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano de jovens matriculados no ensino médio e reduzir os altos índices de pobreza nas localidades.
Descrição da Atividade
A proposta é realizada por meio da Pedagogia da Alternância, em que os adolescentes alternam uma semana na escola, em regime integral, e duas semanas na propriedade da família, replicando os conhecimentos absorvidos. Dessa forma, o processo de aprendizagem se dá em espaços e tempos diferenciados, abrangendo os aspectos humanitário, social, ético e ambiental.
A formação dos jovens tem duração de três anos, com carga horária de 4960 horas/ano, subdivididas didaticamente em 45 Alternâncias Formativas. As atividades desenvolvidas durante a semana de alternância na escola são em tempo integral, contemplando as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular e da Base Técnica, para a formação de nível médio integrado à formação técnica em agropecuária.
A metodologia do projeto está estruturada em três dimensões - Educar, Produzir e Disseminar - e contempla aulas teóricas e práticas com conteúdos da Base Técnica e da BNCC. A finalidade é proporcionar educação de qualidade contextualizada ao campo, buscando a transformação social dos jovens, suas famílias e comunidades por meio de processos que visam fortalecer a produção sustentável e socioprodutiva para a geração de trabalho e renda.
A iniciativa também associa estratégias do protagonismo juvenil e do desenvolvimento econômico para oportunizar aos beneficiários a vivência da ação-reflexão-ação na educação pelo trabalho. Os alunos passam a trocar experiências dos saberes compartilhados com suas famílias e comunidades, sendo agentes do seu próprio destino. Neste sentido, o saber prático obtido junto à família na execução das tarefas é aliado à teoria obtida na escola durante a troca de experiências e apropriação dos conteúdos ensinados. Assim, podem auxiliar e aprofundar a compreensão do que ocorre no dia a dia, na família e na escola, e fazer emergir o conhecimento, que se amplia e se consolida, facilitando ao jovem valorizar aquilo que ele faz e sabe.
Essa metodologia proporciona uma formação fundamentada, mais especificamente, em “Aprender a Aprender”, como também predispõe à formação permanente. Oferece também a capacidade de engajamento, relacionamento, espírito de cooperação, trabalho em equipe e privilegia a transmissão de conhecimentos, a partir do interesse da pessoa e da sua realidade.
Durante a Formação Técnica em Agropecuária os jovens são instruídos com conhecimentos técnicos e específicos das diferentes culturas e criações e a respeito do associativismo/cooperativismo e administração rural. Como resultado, desenvolvem aptidões para elaborar e implantar projetos agropecuários em suas propriedades, garantindo assim, geração de renda para a unidade-família, consolidando o processo educativo associado à qualificação profissional para trabalho.
Com foco na formação contextualizada e tendo como princípio a educação pelo trabalho, a proposta apoia os jovens e suas famílias na concessão de insumos agrícolas para a implantação de Projetos Educativos Produtivos (PEPs). Na prática, as atividades realizadas nos PEPs – módulos de uma determinada cultura ou criação – estimulam o desenvolvimento de competências aplicadas à agropecuária.
Com auxílio direto da unidade-família, sobretudo no que diz respeito à mão de obra e ao acompanhamento técnico dos monitores e assistentes educadores para uma produção com qualidade, o jovem coloca em prática, nas áreas produtivas, os conhecimentos adquiridos na escola. Além disso, os PEPs também proporcionam ampliação de renda da unidade-família do jovem a partir da comercialização da produção. A iniciativa do PEP é mais uma forma de contribuir para o fortalecimento de uma nova geração de produtores rurais, orientados a partir das boas práticas de agropecuária.
O projeto também proporciona espaços de convivência, construção da cidadania, e fortalece as relações familiares e comunitárias, além de promover a integração e a troca de experiências entre os alunos, valorizando o sentido de vida coletiva, o respeito às diferenças, a defesa e a afirmação de direitos. Para tal, o processo formativo trata transversalmente de temas diversos ligados às juventudes, além de realizar oficinas socioeducativas específicas que visam a estimular a reflexão sobre o autoconhecimento, fortalecer as relações interpessoais e os valores humanos, fundamentais para o combate aos diferentes tipos de preconceitos. Com uma educação contextualizada à realidade do campo e promovendo formação para a vida e para os valores, a iniciativa forma jovens conscientes de seus direitos e deveres, que tornaram-se lideranças ativas em suas comunidades, capazes de articular e protagonizar a luta política para a inclusão das minorias, da afirmação dos Direitos Humanos, e em favor da justiça social.
Por fim, a formação em alternância se concretiza ao adotar os princípios e os instrumentos didático-pedagógicos específicos que a caracterizam e diferenciam da escola convencional. São eles:
Fotos






Materiais Utilizados
Monitoramento e Avaliação
Resultados
- 15 turmas formadas, mais de 180 comunidades beneficiadas, 11 municípios atendidos, mais de 450 jovens rurais formados.
- Iniciativa certificada como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil (FBB).
- Processo educativo inserido no Programa de Escolas Associadas da Unesco.
- Em 2018, a instituição passou a fazer parte do Programa Eco-Escolas, desenvolvido pela organização europeia Foundation for Environmental Education (FEE).
- Projeto vencedor da Premiação “Bandeira Verde”, em 2019, como reconhecimento de uma gestão ambiental e sustentável coerente e com qualidade.
- Proposta finalista na categoria Educação do Prêmio Juventude Rural Inovadora na América Latina e no Caribe do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) em 2021.
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